segunda-feira, 9 de agosto de 2004

Maio - Quer dizer, Agosto! Isso, Agosto! - Agosto, o mês dos animes (em 2004) - Dia 8

8. O Paraíso de Hello Kitty

Quando vou até lojas de Dvd, sempre acabo esbarrando com cópias usadas dos Dvd de O Paraíso de Hello Kitty - e sempre, acabo ignorando esses dvd -  e hoje, após dar uma chance para esse anime, eu afirmei para mim mesmo, que na próxima vez que eu me deparar com um dvd de O Paraíso de Hello Kitty, eu iria comprar, pois, gostei desses cinco episódios que vi, o problema é que dois segundos após afirmar isto, no meio de uma pesquisa que fiz para este texto que você está lendo, iria descobrir que esses dvd, não estão com os episódios do anime, e sim, com os episódios de O Teatrinho de Hello Kitty, que não me dei o trabalho de assistir um episódio por completo, porque sinceramente, uma serie de Hello Kitty animada aos padrões de animações dos anos 90 norte americanos a lá sábado ou domingo de manhã? Tô fora! Isso é demais até pra mim - a título de curiosidade: eu disse o mesmo quando pensei pela primeira vez em assistir as animações feitas pela SANRIO, e veja onde estou.

O anime é mal animado, tem muitos momentos que parecem que foram animados no Microsoft Power Point, como cenas onde os personagens estão em plano americano enquanto andam - gente era só mexer no bezier, acertar um pouco a aceleração e espaçamento do movimento, ficou uma animação tão constante e plástica, que deixa ainda mais claro a falta de empolgação que os animadores tinham quando animaram determinadas cenas. - imagino que os pontos fortes na animação sejam os momentos em full com movimentos mais complexos, como um: walk cycle; caminhadas sempre serão complicadas de animar, por mais que sejam elementos basilares da animação em sua maioria, não importa o quão simples determinado character design seja, o walk cycle sempre vai causar dores de cabeça, e por mais que aqui o looping seja bem simples e nada dinâmico, eu gostei das soluções em determinados momentos da animação; um exemplo é no episódio 5 onde os personagens estão fazendo uma caminhada, e é possível ver planos mais abertos onde a animação - mesmo bem limitada - consegue ainda chamar atenção e ser bem funcional - é  como um anime do Akira Tsuburaya, só que do nada tem um momentinho na animação que fica minimamente aceitável.

É um anime educativo, a cada episódio a Hello Kitty descobre uma coisa nova, ou aprende algo que não sabia, como: lavar as mãos, não falar com estranhos, etc. a questão, é que a animação trata esses assuntos de uma forma tão leve, de forma com que os próprios "perigos" e conflitos que a personagem passa parecem coisas que não são tão graves assim; obivamente, não é o objetivo da série retratar os problemas cotidianos de uma criança de quatro ou cinco anos de maneira com que hipertrofie a moral da história, e pelo choque causado, faça com que as crianças espectadoras evitem determinada ação por conta do baque que teve assistindo um anime que passou as oito da manhã no cartoon network, o que me incomoda é que existem casos que determinados temas poderiam ter sido explorados de outra maneira, ou nem apresentados na trama do anime, sabe? O Episódio das protagonistas sendo raptadas por uma velinha é a coisa mais sem pé nem cabeça que já assisti relacionada ao tema, talvez até para o público-alvo, esse episódio tenha sido meio esquisito.

O meu maior elogio para o anime, é o seu pacing, que é tão acolhedor, a mesma sensação que tive assistindo Meu Amigo Totoro, tive assistindo esse anime aqui, aliás ele me lembra bastante da sensação de assistir algo de manhã, com o corbertor enrrolado pelo corpo, em cima do sofá, a casa inteira silenciosa, e eu alí, apenas assistindo, no meu silêncio, curtindo a experiência; falta um pouco disso nos desenhos atuais, esse sentimento esquisito de tranquilidade e paz - e é assustador afirmar que, apenas por conta do pacing desse anime, que ele se salvou para mim, com certeza irei assistir mais episódios dele, até descobrir tudo o que ele tem para oferecer, mesmo com a animação mal feita e os roteiros mal pensados. 

 



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12. Hana No Ko Lun Lun "Ah Gabriel, mas que porra de onde que  t ú tira a xereca desses anime velho do caralho que ninguém conhece?...